astrologia

O que a Astrologia nos pode revelar?

Há quem diga que as estrelas apenas iluminam o céu. Para Nuno Pinheiro, elas também iluminam caminhos, revelam segredos e sussurram histórias que aguardam ser descobertas. Reconhecido como uma das maiores referências da astrologia em Portugal, Nuno traz consigo não apenas conhecimento, mas uma sensibilidade única para traduzir o que o cosmos guarda para cada um de nós.

Neste artigo exclusivo, convidamo-lo a viajar com alguém que acredita que o verdadeiro poder da astrologia está em abrir portas para o autoconhecimento. Prepare-se: as palavras de Nuno Pinheiro podem ser a chave para olhar o universo e a si mesmo de uma nova forma.

 

Nuno o que te levou a enveredar pela astrologia?

Foi uma descoberta pessoal ou algo que sempre te acompanhou?

Posso dizer que é um pouco das duas, porque desde criança e adolescente fazia
imensas perguntas, tinha muitas interrogações sobre como é que as coisas
funcionavam. Recordo-me de, em miúdo, desejar adivinhar o futuro, questionar-se
sobre o que era o Graal, quem era Deus, e tentar compreender para além daquilo que
era visível, e colecionava tarot’s e fascículos do planeta Agostini. Lembro-me, em jeito
de brincadeira, de comer sempre umas bolachas que tinham signos. E, portanto, é
como se existisse já aqui qualquer coisa desde muito jovem. No entanto, também foi
uma descoberta pessoal, porque na verdade nunca tive ninguém na família
interessado nestes temas, nem professores ou pertença a nada relacionado com
astrologia, e entre os 20 e os 30 existiu uma espécie de esquecimento ou de
afastamento em relação a estes temas, que depois acabam por retornar mais tarde,
por volta dos 30. E, a partir dessa altura, foi um casamento para a vida inteira.

 

Como é que a astrologia se transformou numa profissão e não apenas num
interesse?


A Astrologia tornou-se numa profissão sem eu saber que ela se iria tornar uma
profissão. Digamos que ela impôs a sua vontade sobre mim. Eu sou jornalista de
formação, trabalhava numa multinacional das telecomunicações e em determinado
momento enquanto frequentava um curso de Filosofia, alguém da minha turma
perguntou-me o meu ascendente, e eu não sabia e nunca tinha tido contactado com o
mapa astral.
Essa pessoa fez-me um mapa naquele momento e eu perguntei-lhe o que é que o
meu ascendente queria dizer e ele disse-me, “olha vai estudar astrologia”. E eu fui,
curiosamente, no dia a seguir abri o Facebook e tinha lá um curso de Astrologia e
inscrevi-me e a partir dali as coisas tornaram-se cada vez mais sérias. Ou seja, eu
nunca me imaginei como professor de Astrologia nem como Astrólogo e, portanto,
acaba por ser uma imposição da vida, uma proposta que a vida me trouxe e que eu
aceitei de uma forma natural porque as coisas também se foram encaminhando nesse
caminho.
Depois de vários anos de estudo comecei a receber convites para dar consultas em
espaços. Comecei a dar consultas num cabeleireiro na Charneca da Caparica, quando
eu tinha imaginado ter um consultório todo bonito e arranjado. Depois começo a
receber chamadas de pessoas a pedirem-me consultas, a solicitar os meus serviços e
eu olhei lá para cima e perguntei, “bem, é isto que vocês querem?” E aceitei o convite,
e resolvi arriscar, e foi a melhor decisão da minha vida.

https://www.instagram.com/astrosophia.nunopinheiro/

Quais foram os maiores desafios em te afirmares como astrólogo em Portugal?

E a minha resposta é, os maiores desafios, sem dúvida, estão associados ainda a
algum desconhecimento e algum preconceito relativamente à Astrologia. A Astrologia
ainda é colocada numa gaveta ao lado de outras práticas que nada têm a ver com a
Astrologia. Às vezes associadas à bruxaria, aos feitiços, à magia. E a Astrologia
apesar de na antiguidade ter uma ligação forte com a magia, actualmente vai bem
para além disso. E por isso, um dos grandes trabalhos que existiu, da minha parte, foi
exatamente explicar às pessoas, a partir do momento em que sou astrólogo, o que é
que é realmente a Astrologia. E desmistificar estas ideias pré-concebidas
relativamente a esta arte. Eu lembro-me, quando contei à minha mãe que ia ser
astrólogo, ela perguntou-me se eu andava a matar galinhas e a acender velas. Porque na ideia coletiva das pessoas, a Astrologia está associada ainda a esses lugares que nada têm a ver com a Astrologia.

Muitos ainda associam a astrologia apenas ao horóscopo dos jornais.

Como explicas a diferença entre essa visão simplista e a profundidade real da
astrologia?


O horóscopo do jornal, aquilo que pretende é massificar. E a única forma de o fazer é
através de uma linguagem simplista é usando o Sol, porque o Sol é o nosso astro mais
constante. A partir daí os jornais e as revistas conseguem ou tentar dar previsões que
chegam ao maior número possível de pessoas. Obviamente que é uma visão simplista
e reduzida, porque o mapa é composto por muitas mais variáveis e muitos mais
elementos, que torna bastante complexa a sua leitura e a sua análise. O perigo da
descredibilização da astrologia por estes horóscopos é real, mas atualmente as
pessoas conhecem mais, e estão muito mais informadas, e começam a compreender
que aquilo é uma pequena amostra (muitas vezes escritas por jornalistas e não por
astrólogos) e que em nada corresponde com a real dimensão da astrologia real.


Em que medida a astrologia pode ajudar as pessoas no autoconhecimento e na
tomada de decisões?


Na minha visão a Astrologia é essencial tanto para o autoconhecimento como para a
tomada de decisões. Relativamente ao autoconhecimento, através do mapa
astrológico nós conseguimos compreender tudo aquilo que se passa dentro de nós.
Conseguimos entender as nossas predisposições, os nossos modos de agir, os
nossos pensamentos, as nossas emoções, os nossos gostos, a forma como amamos,
a forma como desejamos, os nossos lados mais sombrios. Conseguimos olhar para os
nossos pontos mais cegos e entender a nossa realidade, como é que ela foi moldada,
como é que nós a desenvolvemos. E também é a única ferramenta que permite viajar
ao passado, ao presente e ao futuro, ajudando-me a compreender quem foi, quem sou
agora, e o que posso vir a ser. É um manual de instruções essencial para a
compreensão daquilo que somos.


Relativamente à tomada de decisões, também é importantíssimo e a Astrologia tem a
sua génese exactamente na capacidade de fazer previsões e a ajudar na tomada de
decisões. A Astrologia é preditiva, foi e sempre será. Porque, através da Astrologia,
nós conseguimos escolher o melhor momento para iniciar algo, ou para tomar alguma
iniciativa. Se nós olharmos para a Astrologia como um boletim meteorológico, se num
determinado dia estiver a chover, eu sei que tenho de levar um chapéu, porque se não
levar o chapéu vou-me molhar.


Na Astrologia acontece exatamente o mesmo. Se eu sei que tenho um momento que
não é propício para fazer determinado tipo de ações, eu vou tentar não as realizar. Vou
tentar realizar essas ações numa altura em que, efetivamente, o tempo astrológico
esteja propício a isso. A Astrologia ajuda-nos a perceber as nossas fases e há fases
em que eu não devo começar determinado tipo de empreendimentos e há outras fases
em que sim. Se estou numa fase de vida em que me é pedida uma reestruturação,
seja devido a uma quebra ou a doença, então percebo mais facilmente aquilo que me
é proposto. Assim como se estou numa fase ascensional posso arriscar mais, posso ir
mais longe, empreender mais. Portanto, as minhas decisões vão ser mais acertadas
ou mais sintonizadas com aquilo que é o tempo astrológico, com aquilo que é o tempo
do céu. E conseguindo fazer isso, nós estamos, de alguma forma, a obedecer ou a alinhar-nos com aquilo que é o momento ideal para nós. 

 

Notas que a procura por astrologia está a aumentar? A que atribuis esse interesse crescente?


Noto que a Astrologia desde os anos 90 está em profundo crescimento, já é falada
como uma linguagem normal, começa a ser uma linguagem muito acessível a quase
todas as pessoas. Acho engraçado ver cada vez mais pessoas já se apresentam pelo
nome e pelo signo.
Este interesse pela Astrologia está associado a uma busca e interrogação maior que
as pessoas fazem de si mesmas, primeiro porque se sentem insatisfeitas, tanto a nível
social como a nível interno, mas também existe uma desconexão e um
desalinhamento com algo maior, e começa a existir uma compreensão que a vida é
mais do que aquilo que nos é apresentado e proposto. E a Astrologia, como
ferramenta de autoconhecimento, permite que as pessoas ganhem consciência
daquilo que podem fazer ou daquilo que podem desenvolver. Vivemos numa
sociedade muito mecânica e cinzenta, cada vez mais complexa e o ser humano
precisa de respostas para entender para onde caminha e quem é.

Para além do signo solar, que outros fatores consideras mais importantes num mapa astral?

Todos os pontos do mapa astral são importantes. Todos contam uma história, todos
nos dão informação, e são importantíssimos para nós entendermos a complexidade da
pessoa e do momento. Mas, efetivamente, o ponto mais importante do mapa
astrológico é o ascendente. É nele que está contida muita da informação sobre nós
próprios, os nossos modos de ser, os nossos temperamentos, a nossa visão do
mundo, e marca o momento do nosso sentimento. Por isso, o ascendente é
claramente o ponto mais importante do nosso mapa astrológico.

A astrologia é muitas vezes vista como uma ponte entre ciência e
espiritualidade. Concordas com esta visão?


É uma pergunta difícil de responder, porque primeiro teríamos que definir o que é
espiritualidade. Se nós olharmos para a Antiguidade, a astrologia fazia parte das artes
liberais que no fundo ajudavam a pessoa a entender a complexidade da linguagem
divina. E através da astrologia e de outras ciências clássicas, o individuo compreendia
os padrões que estavam contidos na natureza e em si próprio e que faziam com que
ele fosse uma imagem ou um reflexo de algo maior do que ele, um reflexo divino.
Com a introdução da ciência a astrologia perde protagonismo, mas nos anos 60 existiu
uma tentativa de tentar comprovar a astrologia através do método científico, por
exemplo, o método estatístico. E chega-se a resultados bastante interessantes que
ajudam a comprovar também alguma da veracidade da astrologia.
Eu não consigo responder se a astrologia vai ser uma ponta entre a ciência e a
espiritualidade, porque a astrologia é uma linguagem. É como se a astrologia fosse
uma narrativa, um livro que contêm toda a informação sobre alguém ou um evento. E,
portanto, eu se calhar situava-a mais numa linguagem que nos permite tomar decisões
ou tomar consciência, do que propriamente numa espiritualidade ou numa parte
científica. E não esquecer que astrologia também tem uma forte componente oracular,
e por isso, a ciência não entra nesses campos. No entanto, na antiguidade todos os
grandes astrólogos eram matemáticos, astrónomos e físicos, e por isso, a astrologia
era uma linguagem que dialogava com todos estes saberes.

A astrologia pode prever eventos ou deve ser entendida mais como um guia de
tendências e potenciais?


Na minha perspetiva, a astrologia deve ser vista das duas maneiras. Sim, é uma
linguagem que permite prever eventos, com uma exatidão bastante grande, assim
como também é uma linguagem que permite ver tendências e potencialidades que se
podem ou não se manifestar na vida da pessoa. Depois, só através da análise do
mapa e das várias técnicas que compõem as previsões é que nós conseguimos
aprofundar ou afunilar para determinado tema e chegar a uma sentença ou uma
conclusão que nos ajude a tomar decisões ou que nos ajude a prever que algo vai
acontecer. Mas na sua gênese, sim, a astrologia é uma linguagem de previsão de
acontecimentos e fenómenos e também nos permite ver as tendências e as
potencialidades de determinado momento ou determinada pessoa.


Que papel acreditas que a astrologia terá no futuro, num mundo cada vez mais
tecnológico e racional?


Eu tenho duas perspetivas sobre esta pergunta. A primeira perspetiva é se a
tecnologia nos levar para um racionalismo puro e duro, científico, a Astrologia vai ter
problemas a algum prazo, certamente. Se nós caminharmos para uma evolução de
consciência ou de pensamento que nos permita aliar uma linguagem simbólica com a
linguagem mais tecnológica ou mais científica, a Astrologia poderá ter um papel
essencial. Principalmente a nível, seja da Psicologia, porque nos permite fazer
diagnósticos muito rápidos, seja a nível de outras ciências ou saber, a Astrologia pode
ser uma ferramenta bastante interessante.
Agora, depende de como a humanidade caminhar. Se caminhar, evidentemente, para
um racionalismo e para um pragmatismo tecnológico em que a máquina responde a
tudo e a mente humana é esvaziada do seu saber, então a Astrologia terá alguma
dificuldade. Mas quero acreditar que a Astrologia pode ser a grande linguagem do
conhecimento pessoal universal nos próximos séculos, seria um excelente sinal de
evolução de consciências.

Nós estamos numa fase extremamente importante de viragem civilizacional. Este ano
tivemos todos os grandes planetas a mudar de signo, o que significa que estamos num
começo de uma nova realidade e de uma nova estrutura, seja a nível político, social,
económico. E, efetivamente, tendo em conta o padrão histórico que nós temos com
determinados alinhamentos, aquilo que nós esperamos é que nos próximos anos
existam processos de transformação bastante grandes a nível global, com uma nova
estrutura de civilização e de sociedade a ser criada, com a queda ou destruturação
daquilo que eram os poderes estabelecidos há mais de 200 anos, com uma
transformação bastante significativa a nível tecnológico e digital.
Diria que estamos a iniciar um processo longo que levará a uma revolução digital
tremenda. Depois de, com a passagem do Plutão em Aquário, em 1500 termos tido a
revolução marítima e em 1700 ter acontecido a revolução industrial, agora vamos ter a
revolução digital ou tecnológica. Os próximos dois anos serão marcados claramente
por maiores conflitos e estados com maior força militar e policial, muito mais virados
para o armamento e políticas de controlo e confronto.

Estou à espera que dentro de alguns anos exista uma revolução profundíssima que,
no fundo, retire poder às elites, aquelas que ocupam o poder desde a Revolução
Francesa, obrigando a que o topo da pirâmide seja, de alguma forma, demolido para a
base e depois seja construída uma nova elite a partir dali, com as implicações sociais
e políticas que isso implicará.

 

 

Que conselhos darias a alguém que quer iniciar-se no estudo sério da astrologia?

O conselho que eu daria a quem quer iniciar-se na Astrologia é primeiro definir o que é
que pretende fazer com a Astrologia. Definir o que é que eu quero ser enquanto
Astrólogo. Porque a Astrologia hoje tem vários ramos e escolas de saber.
Depois de definido o meu raio de acção, procurar escolas e professores de qualidade
que transmitam uma informação verdadeira e baseada nas fontes. Porque é fácil hoje
encontrarmos muita informação na internet sem qualquer tipo de fonte ou credibilidade
e que só traem a Astrologia na sua reputação.
O último conselho que eu daria é estarem preparados para estudar imenso, e para
terem uma dedicação muito grande, para horas de estudo constantes, com uma
entrega quase total à arte. Se resolveram embarcar nesta viagem, posso-vos garantir
que é uma viagem sem retorno, porque é demasiadamente mágica e maravilhosa,
acabando por mudar totalmente a nossa vida.

Contacta diretamente o Nuno para agendares os serviços que ele oferece:

Email. astrosophia.np@gmail.com

WhatsApp. +351 918160044

Linktr.ee:

https://linktr.ee/astrosophia.nunopinheiro?fbclid=PAQ0xDSwNZxqRleHRuA2FlbQIxMQABpxTwPsAPB-5kSQPLANBTLStUySlTNwxF99jRKCNJdgryoMaTnibSnIrX8wAW_aem_lZ3nNxHfFZ_X4SMZZrPwug